Fora da Caixa de papelão
- Leonardo Silva
- 31 de mar. de 2022
- 2 min de leitura
Atualizado: 5 de out. de 2022
Nas crises as coisas se renovam. Pode parecer clichê, mas não deixa de ser um fato. E não precisam ser crises estabelecidas, bastam prenúncios para que os mais prevenidos se coloquem a movimentar. Parece óbvio?

No Brasil, bem como no mundo, estamos vivendo uma crise inusitada. Porém, o nosso imediatismo pode estar impactando significativamente em alguns percalços que, com um pouco de visão, poderiam ser, no mínimo, minimizáveis.
Estou falando, claro, da escassez de materiais.
De repente, é como se precisássemos fazer um bolo, tivéssemos todos os ingredientes, mas sem colher, batedeira e nem forno. Esse é o fenômeno da desindustrialização. Você tem todos os recursos, mas precisa enviar pra fora, porque seus beneficiadores de pequeno porte tiveram que fechar as portas por falta de investimento e, quando você podia investir, preferiu trazer de fora, porque era mais rápido, ou mais barato, ou seja lá qual motivo. Mas agora, você não pode investir, e o mercado externo, também em crise, vai te cobrar o que tiver que cobrar.
Por outro lado, estamos com um volume alto de descarte não reaproveitado e uma demanda insana por embalagens. É preciso pensar sua produção de forma sustentável - e isso já deveria estar sendo feito há alguns anos. Você tem pilhas de papelões, plásticos, vidros, que vão parar em aterro sanitário. Não é novidade que a maioria das nossas cidades simplesmente não tem coleta seletiva, ou a tem precarizada: um pobre homem com uma carroça de tração humana, o catador, ou uma coleta seletiva "seletiva", que só passa nos bairros mais nobres. Exemplos não faltam.
E por fim, não podemos pensar a sustentabilidade apenas pelo ângulo da reciclagem. Seria simplista. Temos que pensar em logística: sua embalagem tem como voltar ao fornecedor através de logística reversa? Ela tem como ser agregada no seu produto - como enxerto, calço, ou qualquer coisa que o valha? Você está alocado em um parque industrial, ou consegue, de alguma forma, realizar esse ciclo com algum parceiro próximo de negócios?
São conjecturas. Para as próximas crises, cada um, conhecendo sua realidade, precisará estar muitos passos à frente, e sabendo o que fazer para 'se' alcançar.
AUTOR: Kellen Barros
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